E não é que o ganhador do concurso cultural 'Repórter Aglomerado' foi um morador de Madureira. Jefferson Gomes, de 27 anos, participou da gravação do programa, entrevistou os apresentadores MV Bill e Nega Gizza e o diretor da atração, Anderson Quack, além dos convidados.
Ele, que é fã declarado do MV Bill, logo em sua primeira atuação como repórter ficou cara a cara com seu ídolo e não deu bobeira. Mandou muito bem nas perguntas e ainda ganhou um CD do rapper e o livro comemorativo de 10 anos da Cufa (Centra Única das Favelas).
Saiba um pouco mais sobre a experiência do 'Repórter Aglomerado' nos bastidores do programa.
Como você ficou sabendo do concurso e por que resolveu participar?
Foi através do site da Cufa. Eu gosto muito do programa, tô sempre ligado na TV Brasil e não perco um. Gosto não só do programa, como dos apresentadores. Não só como rappers, mas também pelo que fazem pela nossa periferia.
E como foi ser um 'Repórter Aglomerado'?
Gostei muito! Foi uma experiência única. Eu gosto muito de interagir com as pessoas, ainda mais sendo em um programa com o qual me identifico muito. Até hoje não caiu a ficha que eu tive uma pequena participação no Aglomerado. É um trabalho que eu pagaria para fazer [risos].
Qual foi o melhor momento ?
Com certeza foi quando entrevistei o Bill. Sou muito fã dele. Para mim é uns dos melhores rappers que existe. Suas letras são muito inteligentes.
E como foi ficar frente a frente com ele ?
Nada fácil, pois eu não sabia se o entrevistava ou me beliscava pra saber se era real. Nem consegui me concentrar direito nas perguntas. Meu cérebro deu block (bloqueio). Eu tinha em mente muitas coisas para falar para ele e não consegui porque deu branco [risos]. Imagina uma criança quando vê o Papai Noel.? Acho que eu fiquei assim.
Você gosta muito de rap. O que o ritmo representa para você?
Amo o rap, pois além de ser uma cultura periférica, ele retrata a realidade de onde vivo. É a musica sendo usada como uma linguagem de expressão. Não é apologia à violência como muitos pensam por aí. Nossas letras dizem apenas a verdade nua e crua. Como diz o ditado: a verdade dói. E, por isso, o ritmo não tem muita aceitação, a maioria prefere escutar hip hop internacional, mesmo sem entender a letra. Nada contra quem escuta, mas prefiro o nacional. Dizem que rap significa rhyme and poetry (rima e poesia), para mim é realidade através das palavras.
Como foi o tratamento que você recebeu da produção do programa e da TV Brasil? Deixe um recado para todos.
Sem palavras! Totalmente demais. Fiquei super à vontade, parecia até que eu fazia parte da equipe. Estão todos de parabéns. Fui super bem tratado, pena ter sido só por uma noite. Muito obrigado! Vocês são super dez. Tudo de bom para vocês, muita saúde e sucesso a todos.
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